Disciplina: Direitos, Redes de Suporte Social e Parcerias na Atenção ao Idoso

Disciplina GER5004
Direitos, Redes de Suporte Social e Parcerias na Atenção ao Idoso

Área de Concentração: 100141

Criação: 13/06/2019

Ativação: 09/10/2019

Nr. de Créditos: 6

Carga Horária:

Teórica

(por semana)

Prática

(por semana)

Estudos

(por semana)

Duração Total
4 0 2 15 semanas 90 horas

Docentes Responsáveis:

Marisa Accioly Rodrigues da Costa Domingues

Bibiana Graeff Chagas Pinto Fabre

Jorgemar Soares Felix

Objetivos:

A disciplina tem como objetivos: 1. Estimular uma visão crítica sobre as relações entre direitos, políticas públicas e econômicas na promoção do envelhecimento digno. 2. Propor uma análise crítica sobre os marcos regulatórios nacionais e internacionais em matéria de envelhecimento e velhice. 3. Conduzir ao conhecimento e à reflexão sobre as questões que se referem às redes de suporte social e às parcerias necessárias para uma ação efetiva para a pessoa idosa. 4. Proporcionar uma análise sobre a emergente visão acerca da Economia da Longevidade e as implicações nos determinantes socioeconômicos e sociais no Brasil.

Justificativa:

As Políticas Públicas podem ser definidas como ditames legais, implementadas por agentes governamentais, com a participação cada vez mais ativa da sociedade civil. É nesse cenário que a esfera pública, governamental, dialoga com a comunitária, não governamental da sociedade civil, realizando ações entrelaçadas, entre os vários atores e cenários. Tal sistema, na área Gerontológica, configura o que comumente tem sido denominado: rede de atenção ao idoso. O termo rede é utilizado tanto pela ciência, como conceito teórico ou metodológico, quanto pelos indivíduos, atores sociais, que o empregam para se referirem a determinado tipo de relação ou prática social. As ciências humanas e sociais têm recorrido ao conceito de redes para a definição de construtos relativos a apoio social e relacionamentos grupais, estabelecendo ampla diversidade de uso do termo. A compreensão e promoção do trabalho em rede exige não apenas o conhecimento dos atores, seu âmbito de intervenção e competências, mas também a implementação de mecanismos de diálogo e troca de informação que resultem em ações planejadas, coordenadas e acompanhadas para uma atenção integral às pessoas idosas.

Conteúdo:

1. Micro e Macro Gestão em Gerontologia sob o enfoque de Políticas Públicas; 2. Direito Internacional dos Direitos Humanos; 3. Políticas Nacionais e Direitos para a pessoa idosa; 4. Apoio comunitário e participação popular; 5. Conceitos básicos da Promoção da Saúde aplicados à Gerontologia; 6. Política do Envelhecimento Ativo: novo paradigma para a atenção ao idoso; 7. Redes de suporte social e gerontologia: teorias sociais aplicadas; 8. Instrumento de avaliação de rede de suporte social; 9. Níveis de atenção e serviços para a população idosa; 10. Intersetorialidade e atenção integrada ao idoso. 11. Economia da Longevidade

Forma de Avaliação:

Vide observações

Observação:

Formas de avaliação: Seminário semanal com textos indicados como referências da disciplina (peso de 40% da nota); elaboração de resenha sobre artigo científico (peso de 60% da nota).

Bibliografia:

Idoso: velhas e novas questões. Rio de Janeiro: IPEA, 2016. ALVARENGA MR, OLIVEIRA MAC, DOMINGUES MA, AMENDOLA F, FACCENDA O. Rede se suporte social do idoso atendido por equipes de saúde da família. Ciência e saúde coletiva. V. 16, n. 5, p. 2603-11, 2011. BERZINS MA, BORGES MC. Políticas Públicas para um País que Envelhece. São Paulo: Martinari, 2012. p. 304. BOBBIO N. A era dos direitos. Rio de Janeiro: Elsevier: Campus, 2004. p. 219. Borges, C. M. M. Gestão participativa em organizações de idosos: instrumento para a promoção da cidadania. IN: FREITAS, E.V.D., PY, L de et al. Tratado de geriatria e gerontologia. 3a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. p. 1754. BOSI, ECLÉA. Memória e Sociedade. Lembranças de Velhos. 3. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1994. Bredemeire SML. Conselho do idoso como espaço público. Rev Serv Social Sociedade, v. 75, p. 84-102, 2003. CAMARANO, ANA AMÉLIA. Estatuto do Idoso: avanços com contradições, Rio de Janeiro: IPE, 2013. CARRETERO, S. Technology-enable Services for Older People Living at Home Independently – lessons for publico long-term care authorities in the European Union Members, Seville, Join Research Centre, Institute for Perspective Technological Studies, 2015. COMPARATO FKA. Afirmação Histórica dos Direitos Humanos. 7a ed. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 577. CORREA MR, FRANÇA SAM, HASHIMOTO F. Políticas públicas e a construção de imagens e sentidos para o envelhecimento humano. Est. interdiscipl. envelh., Porto Alegre, v. 15, n. 2, p. 219-38, 2010. DABOVE, MARÍA ISOLINA (dir.). Derechos Humanos de las personas mayores. Acceso a la justicia y protección internacional. 2ª ed. Buenos Aires: ASTREA, 2017. DELMAS-MARTY, M. Les forces imaginantes du droit. Tomos I, II e III. Paris: Seuil, 2004-2007. DOMINGUES MARC. Avaliação social e o contexto domiciliar. In: Duarte YA, D’Eboulx MJ. (Org.). Atendimento domiciliário um enfoque gerontológico. 1a ed. São Paulo: Atheneu, 2000, p. 634. DOMINGUES MARC. A Dor Social no Idoso e seu Mapa de Relações Sociais. In: 7o Simbidor – Simpósio Brasileiro e Encontro Internacional sobre Dor, São Paulo, 2005, p. 223-228. DORON I (ed). Theories of Law and Ageing: The Jurisprudence of Elder Law. Berlin – Heidelberg: Springer, 2009. DORON I. From National to International Elder Law. J Int Aging Law Policy. V. 1, p. 45-72, 2005. FELIX, J. “Economia do care” e “Economia da Longevidade”: o envelhecimento populacional a partir de novos conceitos, Revista Argumentum (UFES), Vitória (ES), v. 6, n.1, p. 44-63, jan./jun. 2014. FELIX, J. Economia da Longevidade, Gerontecnologia e o complexo econômico-industrial da saúde no Brasil: uma leitura novo-desenvolvimentista, Revista Kairós, 2018, doi: http://dx.doi.org/10.23925/2176-901X.2018v21i1p107-130. FELIX, J. Social Entrepreneurship and Social Innovation in Ageing, 2019 In: GU, Danan and DUPRE, Mathew E. (eds) Encyclopedia of Gerontology and Population Aging, N.Y., Springer, 2019. FUKUDA, R. – Gerontechnologia for a Super-Aged Society In KOHLBACHER, F. & HERSTATT, C. The Silver Market Phenomenon, Springer, Heidelberg and NY, 2011. p. 79-89. GOLDMAN SN. As dimensões sociopolíticas do envelhecimento. In: PY L, et al. Tempo de envelhecer: percursos e dimensões psicossociais. Rio de Janeiro: Nau Editora, 2004, p. 299. GRAEFF, BIBIANA. Avanços socioambientais da Convenção Interamericana de Direitos das Pessoas Idosas. In: BENJAMIN, A. H., LEITE, J. R. M. (ORG). 22o Congresso Brasileiro de Direito Ambiental. Direito e Sustentabilidade na Era do Antropoceno: Retrocesso Ambiental, Balanço e Perspectivas. São Paulo: Instituto O Direito por um Planeta Verde, v. 1 p. 63-85, 2017. KEARNS, W. Gerontechnology: Is it Time for Regulation?, Gerontechnology Journal; v 16, n. 2, p. 63-64, 2017. https://doi.org/10.4017/gt.2017.16.2.001.00 KEINERT TMM, ROSA TEC. Direitos Humanos, Envelhecimento ativo e Saúde da Pessoa Idosa. BIS, v. 47, p. 4-8, 2009. KLIMCZUK, Andrzej. Economic Foudations for Creative Ageing Policy, Palgrave Macmillan, NY, v. 1, 2015. (Capítulo 5 – Silver, Creative and Social Economies as Positive Responses to Population Ageing) LEMOS N, MEDEIROS SL. Suporte social ao idoso dependente. In: Freitas EV, Py L (eds.). Tratado de geriatria e gerontologia. 3a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2011, p. 1754. MÉGRET F. The Human Rights of Older Persons: a Growing Challenge. Oxford Journals, Human Rights Law Ver, v. 11, p. 37-66, 2011. MINAYO MCS. A vida e a saúde do idoso na sociedade global e pós-industrial. Arq Geriatr Gerontol. v. 4, n. 2, p. 169-181, 1997. MUZAFFAR, C. From human rights to human dignity. In: Van Ness, P. Debating human rights: critical essays from the United States and Asia. London: Routledge. 1999, p. 304. NEILSON, BRETT. Globalização e as Biopolíticas do Envelhecimento. In: Debert, Guita G., Pulhez, Mariana Marques (Org.) Textos Didáticos. Desafios do cuidado: Gênero, velhice e deficiência. Campinas: IFCH – UNICAMP, n. 66, Jun. 2017. NERI AL. Palavras-chave em Gerontologia. 3a ed. São Paulo, Campinas: Alínea. 2008, p. 220. PEREIRA F. Teoria e Prática em Gerontologia: Um Guia para Cuidadores de Idoso. Bragança, Portugal: Psicosoma. 2012, p. 300. PERLINGEIRO RICARDO. Os cuidados de saúde dos idosos entre as limitações orçamentárias e o direito a um mínimo existencial. Revista de Direito Sanitário. São Paulo: USP, v. 15, n. 1, 2014. RODRIGUEZ-MARTINEZ, T. La Atención Gerontológica Centrada en La Persona, Administración de la Comunidad Autónoma del País Vasco Departamento de Empleo y Asuntos Sociales.Espanha:Vitoria-Gasteiz, v. 76, 2011. SOUZA, C. Políticas Públicas: uma revisão de literatura. Rev. Sociologias, Porto Alegre, ano 8, n 16, p. 20-30, jul/dez 2006. TANG KL, JIK-JOEN L. Global Social Justice for Older People: The Case for an International Convention on the Rights of Older People. Brit J Social Work, v. 36, p. 1135-1150, 2006. TRINDADE AAC. Tratado de Direito Internacional dos Direitos Humanos. Porto Alegre: Sergio Fabris. 1999, p. 440. TRINDADE AAC. Humanização do Direito Internacional. Belo Horizonte: Del Rey, 2006. VAN BUAREN G. The Protection of the Human Rights of Older Persons in Europe: A legal perspective. International Symposium on the Rights of Older People. London, January, 2009.

Idiomas ministrados:
Português

Fonte: Plataforma Janus – (https://uspdigital.usp.br/janus/componente/catalogoDisciplinasInicial.jsf)