Disciplina: Envelhecimento e Relações Sociofamiliares: Contextos de Educação Informal

Disciplina GER5009
Envelhecimento e Relações Sociofamiliares: Contextos de Educação Informal

Área de Concentração: 100141

Criação: 13/02/2020

Ativação: 06/05/2020

Nr. de Créditos: 6

Carga Horária:

Teórica

(por semana)

Prática

(por semana)

Estudos

(por semana)

Duração Total
4 1 1 15 semanas 90 horas

Docente Responsável:

Deusivania Vieira da Silva Falcão

Objetivos:

Apresentar aspectos socioculturais e familiares próprios da educação informal, buscando discutir e refletir de maneira interdisciplinar as contribuições da Psicologia, Sociologia e Gerontologia para o estudo da velhice e do envelhecimento nas sociedades atuais.

Justificativa:

A velhice e o envelhecimento têm se tornado, desde a segunda metade do século XX, temas cada vez mais relevantes na agenda social e científica brasileira e internacional. Com o aumento expressivo da longevidade humana, a primeira vez na história da espécie, especula-se que iremos passar mais tempo do nosso curso de vida na condição de velhos, do que em qualquer outra etapa da vida. Essa condição sociocultural recente traz muitas mudanças e propõem novas formas de envelhecer e ser velho, causando impactos significativos na estrutura e na dinâmica familiar, política, econômica, assistencial e nas relações de gênero e intergeracionais. O fortalecimento e visibilidade do idoso como ator político legítimo impulsiona novos espaços e papéis na família e na sociedade, bem como, a reformulação da lógica e dinâmica cultural em diferentes contextos, carecendo de novos esforços e contribuições provenientes do olhar gerontológico. Esta disciplina procura avançar nesta direção.

Conteúdo:

Módulo 1 – Envelhecimento e relações sociais: perspectivas teóricas e pesquisas Teoria do apego Teoria do comboio social Teoria da seletividade socioemocional Idadismo e familismo Influência das tecnologias nas relações sociais Suporte social, saúde e bem-estar: uma ênfase no papel dos amigos e vizinhos Módulo 2 – Solteirismo e relacionamentos amorosos na velhice Solteirismo, ausência de filhos e relacionamento com irmãos Amor romântico, conjugalidade e sexualidade Divórcio e recasamento Módulo 3 – Relacionamentos familiares intergeracionais e o cuidado com as pessoas idosas Relações familiares intergeracionais: pais idosos e filhos adultos (inclui discussão dos subtemas: família multigeracional, ambivalência no relacionamento pais idosos-filhos adultos; problemas de filhos adultos: impacto sobre os pais idosos; conflitos familiares e violência doméstica); Relações familiares intergeracionais: bisavós, avós e netos; Relações familiares e demência: cuidadores, conflitos, institucionalização, intervenções psicogerontológicas e educativas Morte, viuvez e luto na família

Forma de Avaliação:

1. Seminário (peso 05) 2. Avaliação final (peso 05)

Observação:

Bibliografia:

– Blieszner, R., & Bedford, V. H. (Eds.). (2012). Handbook of families and aging. ABC-CLIO. – Bengtson, V. L., & Settersten Jr, R. (Eds.). (2016). Handbook of theories of aging. Springer Publishing Company. – Bengtson, V. L. (2018). Global aging and challenges to families. Routledge. – Boll, T., Ferring, D. & Valsiner, J. (2018). Cultures of care in aging. Charlotte, NC: IAP. – Bookwala, J. (2016). Couple relationships in the middle and later years: their nature, complexity, and role in health and illness. Washington, DC: American Psychological Association. – Carstensen, L.L., Isaacowitz, D.M., & Charles, S.T. (1999). Taking time seriously: A theory of socioemotional selectivity. American Psychologist, 54, 165-181. – Carstensen, L. L., Fung, H. H., & Charles, S. T. (2003). Socioemotional selectivity theory and the regulation of emotion in the second half of life. Motivation and emotion, 27(2), 103-123. – Carstensen, L. L. (2018). Integrating cognitive and emotion paradigms to address the paradox of aging. Cognition and Emotion, 1-7. – Notthoff, N., & Carstensen, L. L. (2017). Promoting walking in older adults: Perceived neighborhood walkability influences the effectiveness of motivational messages. Journal of health psychology, 22(7), 834-843. – Connidis, I. A., & Barnett, A. E. (2018). Family ties and aging. Sage publications. – Falcão, D.V.S. & Dias, C.M.S.B. (2006). Maturidade e velhice: pesquisas e intervenções psicológicas (vols. I e II). São Paulo: Casa do Psicólogo. 2006. – Falcão, D.V.S. (2010). A família e o idoso: desafios da contemporaneidade. Campinas, São Paulo: Papirus. – Falcão, D.V.S & Araújo, L.F. (2009). Psicologia do envelhecimento: relações sociais, bem-estar subjetivo e atuação profissional em contextos diferenciados. Campinas, SP: Alínea. – Falcão, D.V.S. & Araújo, L.F. (2010). Idosos e saúde mental. Campinas, São Paulo: Papirus. – Falcão, D.V.S., Araújo, L.F. & Pedroso, J.S. (Org.) (2016). Velhices: temas emergentes nos contextos psicossocial e familiar. Campinas, SP: Alínea. – Falcão, D.V.S., Paulson, D., Legon, M.H. & Irurita, C. (no prelo). Familism scale: confirmatory factor analysis in a sample of caregivers of elderly. Paideia journal. – Fingerman, K. L., & Birditt, K. S. (2011). Adult children and aging parents. In K. W. Schaie & S. L. Willis (Eds.), Handbook of the psychology of aging (7th ed., pp. 219-232). NY: Elsevier. – Glenn, D., Spitze, G., Ward, R.A. & Zhuo, Y. (2016). “Close to you? how parent-child contact is influenced by family patterns.” Journals of Gerontology, Series B: Psychological Sciences and Social Sciences, 71(2):344-357. – Gilligan, M., Johnson, K. & Pillemer, K. (2013). “Caregiving, perceptions of maternal favoritism, and tension among siblings.” The Gerontologist, 54(4), 580-588. – Hagestad, G. O. (2018). Interdependent lives and relationships in changing times: A life-course view of families and aging. In Lives in Time and Place and Invitation to the Life Course (pp. 135-159). Routledge. – Hareven, T. K. (2018). Families, history and social change: Life course and cross-cultural perspectives. Routledge. – Hendrick, C.A., & Hendrick, S.S. (Eds.). (2000). Close Relationships: A Sourcebook. Thousand Oaks: Sage Publications. – Kalmijn, M. (2013). “Adult children’s relationships with married parents, divorced parents, and stepparents: biology, marriage, or residence?” Journal of Marriage and Family 75(5):1181-1193. – Medeiros, K., & Rubinstein, R. L. (2018). Age Identity and Never-married Childless Older Women. In Voluntary and Involuntary Childlessness: The Joys of Otherhood? (pp. 193-213). Emerald Publishing Limited. – Meinertz, N., Kelley, E., & Margrett, J. (2018). Conceptual and outcome-level assessment of ageism and age stereotype scales: a systematic review. Innovation in Aging, 2(Suppl 1), 686. – Miller, R. S., & Perlman, D. (2009). Intimate relationships. New York: McGraw-Hill. – Neal, M. B., & Hammer, L. B. (2017). Working couples caring for children and aging parents: Effects on work and well-being. Psychology Press. – Noël-Miller, C.M. (2013). “Former stepparents’ contact with their stepchildren after midlife.” Journal of Gerontology Series B: Psychological Sciences and Social Sciences, 68(3):409-419. – Nordin, N. M., Martin, P., & Bishop, A. (2018). Stress, coping behaviors, and loneliness in unmarried older adults. Innovation in Aging, 2(Suppl 1), 266. – Pedroso, J.S., Araújo, L.F., Falcão, D.V.S. (Org.) (2018). Violência e cuidado na velhice. 1. ed. Curitiba-PR e Teresina-PI: CRV e EDUFPI, 2018. – Regan, P.C. (2011). Close Relationships. New York: Routledge. – Shwalb, D. W., & Hossain, Z. (Eds.). (2017). Grandparents in cultural context. Routledge. – Spitze, Glenna, Russell Ward, Glenn Deane, and Yue Zhuo (2012). “Cross-sibling Effects in Parent-adult child Exchanges of Socioemotional Support.” Research on Aging, 34(2), 197-221. Suitor, J. Jill. – Zhang, Z. & Hayward, M.D. (2001). “Childlessness and the psychological well-being of older persons.” Journal of Gerontology: Social Sciences, 56B(5), S311-S320.

Idiomas ministrados:
Português

Fonte: Plataforma Janus – (https://uspdigital.usp.br/janus/componente/catalogoDisciplinasInicial.jsf)